E eu, que sempre pensei que era completo,
que não faltava mais nada,
já tinha asas e já voava?
olhava por cima, via tudo do alto
e tudo era tão pequeno
e eu me sentia tão fausto
Não precisava de mais nada
e nem queria nada mais não.
Não tinha ouro, não tinha prata,
mas um tesouro no coração.
E mais nada me faltava...
Não tinha ouro, não tinha prata,
mas tinha asas e já voava.
E foi voando que te encontrei
e voava mais alto do que eu.
E sua forma era tão bela
de forma que me enlouqueceu.
E eu que sempre pensei: "Sou completo",
vi que faltava algo em mim.
Já tinha asas e já voava,
mas nunca voei tão alto assim.
E me estendeu a mão
e me chamou para si,
e eu tive medo, recuava,
não sabia se era seguro ali.
e me olhou de um jeito
que eu nunca antes tinha visto.
E me encostou no seu peito
e me amou num sorriso.
E eu que pensei: "Não careço,
eu não preciso de nada".
Precisava dos seus beijos
e por eles clamava.
Eu tinha asas e voava,
mas nunca subi tão alto.
Me sentia como um pássaro
e esse pássaro não era águia
E nos seus braços fui levado
e outro mundo conheci
e hoje sei que sou completo...
Você é a outra parte de mim.
sábado, 13 de novembro de 2010
Era uma vez...
Na verdade isso não é um conto de fadas. O "Era uma vez..." foi só para, de alguma forma, começar a escrever.
Para início de conversa a idéia de criar um blog, que fique bem claro, não foi minha, mas de minha mulher, Lindinha. Ela me disse que eu escrevo bem, que sou inteligente, meus textos são ótimos, que tenho senso de humor, que sou lindo, maravilhoso, cheiroso, blá, blá, blá, etc e tal, e mais tudo aquilo que a minha modéstia não me deixa dizer mas que ouvi a vida toda de minha maior fã - D. Maria Iracema, minha maravilhosa mãe. Pois, então... Minha mulher mandou que eu criasse um blog, logo, obedeci (porque se há uma coisa que eu aprendi no casamento é que se sua mulher fala uma coisa... meu amigo, OBEDEÇA!!! Assim mesmo com letras em caixa alta e três exclamações. Se você não quer ter pelo menos sete anos de azar ouvindo ela reclamar no seu pé de ouvido, obedeça. Ou melhor, OBEDEÇA!!!). Procurei no pai dos burros do século XXI, o google, um site que disponibiliza-se a criação de um blog. Encontrei, fiz o cadastro, criei um título, coloquei uma imagem e me preparei. Pensei, pensei e pensei no que poderia escrever pra começar. Pensei e pensei mais um pouco e percebi que escrever é mais difícil do que se pensa. Pensar é facíl. Agora colocar tudo em palavras...hum... Ela disse que eu escrevo bem, mas esqueceu que eu escrevo para ela. Escrevo que a amo. Escrevo que estou chateado. Escrevo que tenho saudades. Mas escrevo só para ela. Ela quer que eu tenha todo esse sentimento para escrever para o mundo. Aí é que o bicho pega. Imaginei colocar minhas várias histórias como taxista, músico, pai, marido, filho. Talvez histórias de amigos. Mudo os nomes e tudo bem. No máximo, se alguém ler e se identificar com a história, vai me chamar de sacana. Não. Não saía nada de dentro da minha cachola. Passei uma noite toda tentando criar alguma coisa. Desisti. Fui dormir que é melhor. Quem sabe um sono bem reparador não me dá uma idéia qualquer? Não deu. Estou sem inspiração mas me desafiei a começar de algum jeito. Foi quando tive a original, excepcional e exclusiva ideia de começar por onde é mais simples...Pelo começo. Claro. Mais óbvio impossível. Toda história sempre começa com um "Era uma vez...". Bom... não foi bem o que eu imaginei escrever pra dar o pontapé inicial nesse blog, mas... depois do "Era uma vez..." saiu tudo isso que escrevi até aqui. Pelo menos o nervosismo inicial passou. Daqui por diante tudo será mais natural, mais tranquilo, mais fluente, mais corrente... ah, ledo engano. Já estou suando frio imaginando o que vou escrever no próximo post. O "Era uma vez... já não posso usar mais. Vou ter que colocar os neurônios para suar ou minha mulher vai acabar descobrindo que eu não sou tão lindo, maravilhoso e inteligente assim e eu não quero perder os deguinhos dela, não é?
Me ajudem comentando e, se possível, falando bem pra que eu possa ter mais confiança e não ficar de biquinho. Quando eu fico de biquinho sai de baixo, viu!
Valeu!
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